O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, por homofobia, após o auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atribuir a homossexualidade de jovens a “famílias desajustadas”. A declaração do ministro foi feita em entrevista ao Estadão na última quinta-feira (24).
“O Ministro da Educação evidencia toda a carga de preconceito e atraso do governo Bolsonaro. Logo o ministro de uma pasta tão estratégica para uma nação que tenha a pretensão de soberania. Esse governo tem elementos medievais. Representei contra o ministro no MPF, ele tem que responder por crime de homofobia”, disse Miranda, segundo o Broadcast Político.
As falas do ministro caíram muito mal em Brasília. Entre os parlamentares, por exemplo, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) prometeu que iria ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ministro fosse investigado por homofobia. O deputado David Miranda (PSOL-RJ) também pretendia acionar o Ministério Público Federal pelo mesmo motivo. Ambos fizeram as declarações pelo Twitter.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, divulgou nota neste sábado (26) dizendo que teve uma fala “interpretada de modo descontextualizado”. Na última quinta-feira (24), Ribeiro fez comentários considerados discriminatórios que foram reproduzidos em redes sociais. O ministro afirma que as falas foram retiradas do contexto e tiveram interpretação equivocada.
Com informações do Correio da Bahia