Uma análise feita pela Nasa aponta que a maior parte dos incêndios, desde junho, na Amazônia brasileira, ocorreu em áreas de florestas que foram recentemente desmatadas. O presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente e chefe do Conselho da Amazônia, Hamilton Mourão, entretanto, afirmaram o contrário.
Segundo a Folha, em um artigo publicado na última quarta (19), Mourão não cita o desmatamento como motivo para o fogo na floresta e diz que os incêncios que ocorrem no local surgem naturalmente. Segundo ele, houve diminuição de 7,6% das queimadas entre 1º de maio a 31 de julho de 2020.
A análise da Nasa é baseada em uma nova ferramenta da agência, desenvolvida em parceria com a Universidade da Califórnia em Irvine, nos EUA, e com a Universidade Cardiff, no País de Gales, que classifica os incêndios na Amazônia. A classificação —queimadas ligadas a desmatamento ou limpeza de pasto, por exemplo— é feita a partir das características do fogo, como tamanho e comportamento. Queimadas ligadas a desmatamento, por exemplo, são maiores, duram mais tempo e apresentam colunas de fumaças maiores.