Bolsonaro acusa oposição de inviabilizar pagamento de benefícios sociais e aposentadorias

[Bolsonaro acusa oposição de inviabilizar pagamento de benefícios sociais e aposentadorias]

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) utilizou o seu perfil no Twitter, neste domingo (9), para acusar a oposição de estar trabalhando para inviabilizar o pagamento de benefícios do Bolsa Família, de idosos com deficiência, do Plano Safra e do PRONAF. “Para alcançar seus objetivos vale até prejudicar os mais pobres”, destacou Bolsonaro, mostrando uma imagem do vice-líder do PT na Câmara, o deputado federal Carlos Zarattini.

Antes, ele já tinha dito que, se os deputados e senadores não aprovarem um crédito extraordinário de R$ 248 bilhões, através do PLN (Projeto de Lei do Congresso Nacional) de número 4, o Governo Federal terá que suspender o pagamento de benefícios a idosos e pessoas com deficiência já no próximo dia 25. “Nos meses seguintes faltarão recursos para aposentadorias, Bolsa Família, Pronaf, Plano Safra…”, escreveu Bolsonaro no sábado (8).

O crédito foi solicitado por causa da crise nas contas públicas e os recursos seriam obtidos com emissão de títulos do Tesouro. Um dos problemas é porque a “regra de ouro” não permite que o Governo se endivide para pagar despesas correntes, como Previdência Social e benefícios assistenciais.

Contra a proposta, Zarattini destacou que o próprio Tesouro Nacional reconheceu que o governo necessita neste momento de R$ 146 bilhões, e não R$ 248 bilhões. “Portanto, aumentar R$ 102 bilhões, aumentaria ainda mais a dívida pública brasileira e, com isso, aumentaria a quantidade de juros pagos. Nós não concordamos com isso. Além do que o governo terá a entrada de mais R$ 100 bilhões do BNDES, porque está descapitalizando o BNDES, e terá os recursos de R$ 107 bilhões, no mínimo, da cessão onerosa do pré-sal, que ele pretende leiloar contrariamente à soberania nacional”, elencou o petista. 

Ele ainda disse que o governo terá o lucro dos rendimentos das contas nas reservas internacionais, que já renderam mais de R$ 150 bilhões ao Banco Central. “Portanto, recursos não faltam. Queremos que o governo descontingencie os recursos da Educação”, acrescentou o deputado. 

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