O Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindmed-Ba), por meio de nota publicada no site oficial do sindicato, afirma que a partir do dia 31 de maio, a população passará a enfrentar um grande risco de desassistência na área de saúde. “221 médicos, lotados em hospitais e outras instituições ligadas à Sesab, em toda a Bahia, terão que deixar os seus postos de trabalho, sem que se tenha notícia de que outros tenham sido contratados por qualquer meio”, diz a nota.
Ainda segundo o Sindimed, “esse risco de desassistência, que tem o potencial de ampliar as tão conhecidas filas de atendimento e as macas em corredores de hospitais, decorre da forma como a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) vem estruturando seus serviços. Há dez anos, o Governo Estadual não faz concurso público para médico, preferindo apostar na privatização dos serviços. E foi por adotar essa linha de ação que, há tempos, o Governo preferiu contratar serviços adicionais, que foram prestados por médicos estatutários através de pessoas jurídicas, do que ampliar o quadro de servidores através do concurso público”, relata a presidente do Sindimed-BA, Dra. Ana Rita de Luna Freire Peixoto.
Segundo a presidente, essa situação já dura 10 anos, sem que Sesab tenha se preocupado em criar uma alternativa que fosse, ao mesmo tempo, legal e viável do ponto de vista da assistência. Ela destaca que “ao longo desse período, vimos serem realizados vários concursos, a exemplo do de professores, policiais militares e outras categorias de servidores. Mas nenhuma vaga de concurso foi aberta para os médicos”.
A reportagem já procurou a Sesab, mas ainda não obteve retorno sobre o assunto.