Após a aprovação pelo Senado da medida provisória que libera o controle de empresas aéreas no Brasil por estrangeiros, na noite desta quarta-feira (22), executivos das companhias dispensavam comemorações e previam, em tom ameaçador, que o preço das passagens pode subir. De acordo com a coluna Painel S.A., da Folha, o setor se indignou porque a redação abrange a volta do despacho gratuito de bagagem. Mas na prática, trabalha com a expectativa de que o trecho cairá quando o texto chegar para sanção de Bolsonaro.
Ainda conforme a coluna, a expectativa de que o presidente vetará a mala grátis se baseia no posicionamento do Ministério da Economia, que prefere manter o modelo como é hoje, que permite a cobrança. Apesar do resto de esperança, executivos de companhias aéreas já discutem como será o cronograma para mudar o preço dos bilhetes. As faixas de tarifas mais baratas, aquelas que permitem ao passageiro viajar sem despachar mala, deixarão de existir.
Para Guilherme Amaral, sócio do ASBZ, especialista em direito aeronáutico, a iniciativa de congressistas de resgatar o despacho gratuito de malas “mostra que o trabalho do Legislativo no Brasil ainda é de baixa qualidade e guiado por interesses puramente eleitorais”.